Por
recomendação do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão
ligado diretamente ao comando da Aeronáutica e ao Ministério da Defesa, a
partir da última sexta-feira, a pista principal do aeroporto
internacional de Belém não pode ser utilizada em dias de chuva se
estiver apresentando um acúmulo de água no local, que tem a extensão de
2.800 metros. A informação foi confirmada pela Infraero, que anunciou
ainda que nestes casos a pista auxiliar, de 2.400 metros*, deve ser usada
para dar apoio nos dias de chuva para evitar qualquer tipo de
transtorno.
Segundo a assessoria de imprensa,
técnicos da Infraero já analisam a pista para definir que medidas
deverão ser adotadas para melhorias.
Em dezembro, a Infraero concluiu os
serviços de revitalização da pista principal de pousos e decolagens do
Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans - Júlio Cezar Ribeiro (PA).
A obra teve o objetivo de garantir as boas condições de funcionamento
do sistema de pistas. O investimento foi de R$ 5,6 milhões. Os serviços
foram realizados em três etapas, com ações de recapeamento (troca de
asfalto) e revitalização do pavimento, restauração e execução da nova
sinalização horizontal (pintura) da pista. Mas ao contrário do que se
pretendia, desde a conclusão das obras o que se viu foi uma reclamação
geral sobre a a segurança da pista.
As inspeções constataram que a pista
acumula água em excesso que se mistura ao óleo liberado pelo asfalto,
tornando-a extremamente escorregadia.
Além disso, pilotos relatam que após
as chuvas poças d’águas atrapalham pousos e decolagens. O boletim
proibindo as operações na pista foi emitido pelo Serviço de Informação
Aeronáutica (SIF) do Decea, no final da noite da última sexta-feira,
proibindo pousos e decolagens na pista principal do aeroporto Júlio
Cezar Ribeiro, o aeroporto internacional de Belém, em casos de chuvas
moderadas ou fortes. A orientação agora é válida para todas as
companhias. O comunicado, disponível no site do Decea, foi publicado às
00h16h (HBV) e a recomendação é válida em princípio até as 23h59 (HBV)
do dia 17 de abril deste ano.
Inicialmente, apenas a TAM estava
impondo dificuldades, mas agora todas as companhias aéreas terão que
restringir suas operações no aeroporto de Belém. Os problemas com
cancelamentos de voos por parte da TAM Linhas Aéreas iniciaram no dia 9 e
se estenderam até o dia 12.
TAM voltou a cancelar voos após nova análise
Na última segunda-feira, já com os
voos aparentemente normalizados, o DIÁRIO teve acesso a um documento
enviado pela TAM à Aeronáutica, impondo algumas condições para continuar
operando na pista.
Entre as restrições estão a não permissão para que aeronaves de grande porte aterrissem no aeroporto, além de não posar com vento de calda e proibição caso ocorra a previsão de vento com chuva forte. Obrigatoriamente, o pouso terá que ser feito pelo comandante da aeronave, ainda que as condições climáticas sejam as melhores.
Entre as restrições estão a não permissão para que aeronaves de grande porte aterrissem no aeroporto, além de não posar com vento de calda e proibição caso ocorra a previsão de vento com chuva forte. Obrigatoriamente, o pouso terá que ser feito pelo comandante da aeronave, ainda que as condições climáticas sejam as melhores.
Desde a noite da última quinta-feira, a
TAM cancelou sete voos, dois deles com decolagem em Belém e os demais
pousos foram cancelados. A empresa informou que, após análise minuciosa
das condições da pista, optou por retomar a sua decisão de não operar no
local em caso de chuva forte ou moderada, com pista molhada ou
escorregadia.
Além da TAM, a Gol também desviou para Macapá um voo que estava previsto para pouso em Belém, devido às condições da pista.
*Errata: A pista auxiliar possui 1.830 metros, e não 2.400 como dito na matéria.
Fonte: Diário do Pará - 19/01/2014
*Errata: A pista auxiliar possui 1.830 metros, e não 2.400 como dito na matéria.
Fonte: Diário do Pará - 19/01/2014
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